Mario Quintana, segundo Mario Quintana, era assim: "Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, instrospectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?". O texto foi escrito pelo próprio Mario para a revista "Isto É", em 1984. Aos 20 anos, venceu um concurso promovido pelo jornal gaúcho "Diário de Notícias" com o conto "A Sétima Personagem". Em 1929, começou na redação do diário "O Estado do Rio Grande". Mais tarde, em 1934, virou tradutor de diversos escritores estrangeiros. E, em 1936, foi trabalhar com Erico Verissimo na livraria do Globo. O primeiro livro do autor, só foi publicado em 1940: "A Rua dos Cataventos". Teve uma repercussão tão boa que vários de seus sonetos foram transcritos em antologias de livros escolares. Depois deste, seguiram-se muitos outros. Mario Quintana morreu no dia cinco de maio de 1994, em Porto Alegre, não sem antes brincar com a morte: "A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar dormindo de sapato".
Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros
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